O Palácio da Pena surgiu com toda
a sua imponência no cume da serra. Parecia que jogava às escondidas. Dentro do autocarro, a caminho do parque de merendas, entrámos neste jogo, ora o
avistávamos, ora ele desaparecia. Não nos preocupámos, afinal ele não era o
objetivo da nossa visita.
Chegámos a Sintra depois da hora prevista, as
máquinas, neste caso o autocarro, também querem provar a sua importância e
fomos brindados, logo no início da viagem, com o contratempo de um pneu
furado. Apesar disso, o tempo chegou para almoçar e à hora marcada lá estávamos nós na Quinta da Regaleira, que é, sem dúvida, um dos espaços mais belos de Portugal.
A Quinta da Regaleira foi
construída no início do século XX, de acordo com os sonhos mito-mágicos do seu
proprietário, Carvalho Monteiro, e concretizados pelo talentoso arquiteto-cenógrafo
italiano Luigi Manini. O jardim, ou jardins, pois a dimensão da propriedade permite a coexistência de
locais diferenciados, tem uma grande variedade de ambientes que
proporcionam ao visitante agradáveis momentos de bem-estar e tranquilidade. Aqui foram construídos
vários edifícios que nos remetem para os rituais e para a simbologia da
maçonaria, uma organização secreta onde Carvalho Monteiro se iniciou. Estes
rituais incluem a descoberta do inferno, caminho interior e profundo que vai
permitir ascender à perfeição, ao céu. Toda esta simbologia nos foi sendo
explicada pelos nossos guias à medida que nos mostravam o poço iniciático, o
túnel em direção à cascata, a igreja, o patamar dos deuses… A visita acabou no
Palácio, um imponente edifício de estilo manuelino.
A finalizar este passeio, tivemos a oportunidade de percorrer as ruas do centro histórico de Sintra, descobrindo locais e guardando-os em fotografias. Encontrámo-nos na
“Piriquita”, uma pastelaria típica que vende as famosas queijadas que todos queriam provar. O regresso decorreu sem incidentes e, à chegada, já se notava a nostalgia do agradável dia por lá passado.
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