No
dia 22 de fevereiro realizou-se mais uma "Conversas com Chá", desta
vez na BE da Escola Secundária de Oliveira do Bairro, com o convidado
Sérgio Cruz, da Universidade de Aveiro, sob o tema "Educação financeira é
comigo".
O
Agrupamento de Escolas ofereceu o jantar, confecionado e servido pelos alunos
do Curso Profissional de Restauração, assim como o chá e os biscoitos. Sob a
orientação dos seus formadores, a sua excecional prestação revelou o
profissionalismo necessário a futuros desempenhos.
Esta
palestra permitiu a reflexão sobre um assunto que começa a ganhar cada vez mais
importância em Portugal. É inquestionável que a má gestão do dinheiro traz
repercussões negativas na vida das pessoas. Tal como diz John Kenneth Galbraith,
"Nada estabelece limites tão rígidos à liberdade de uma pessoa quanto a
falta de dinheiro". Quando não é feita uma boa gestão do dinheiro e as
pessoas começam a viver em função das más escolhas que fazem, sejam elas de
consumo ou de estilo de vida, tornam-se reféns das suas limitações financeiras.
Por outro lado, quando as opções financeiras são tomadas de forma consciente,
segura e responsável, para evitar a fraude e o endividamento crónico, os
indivíduos vivem mais felizes e livres de fazer escolhas.
As
escolas portuguesas não contemplam nos seus currículos a educação financeira,
daí que a maioria dos portugueses seja iletrada nesta área. O momento de crise
que o país atualmente atravessa constitui um verdadeiro
desafio para muitos, agravado pela falta de informação e de conhecimento nesta
área do saber.
Portugal
criou, em maio de 2011, o Plano Nacional de Formação Financeira, que se destina “a promover a formação financeira da população portuguesa e uma cidadania financeira responsável. […] O Portal “Todos Contam” disponibiliza informação e ferramentas úteis sobre a gestão do orçamento familiar e as decisões financeiras inerentes às diferentes etapas da vida. Os temas são transversais a todas as áreas dos mercados financeiros de retalho e são tratados numa linguagem acessível e de forma pedagógica”.
Mas
será que os portugueses que têm acesso à Internet conhecem a existência deste
site? É suficiente para a sua autoformação? Existe outro tipo de acções destinadas
àqueles que não têm acesso à Internet?
Sem comentários:
Enviar um comentário